A Procuradoria-Geral da Rússia enviou a julgamento nesta quinta-feira (13) o caso de espionagem contra o jornalista americano Evan Gershkovich, correspondente do The Wall Street Journal, detido em março de 2023.
“A Procuradoria-Geral da Rússia confirmou a acusação de culpabilidade no processo criminal aberto contra o cidadão americano Evan Gershkovich”, afirmou o órgão em seu canal no Telegram.
O caso foi encaminhado ao Tribunal Regional de Sverdlovsk, cuja capital é Ecaterimburgo, onde o repórter foi detido.
“A investigação estabeleceu e documentou que o jornalista americano (…) coletou em março de 2023, na região de Sverdlovsk, por encomenda da CIA, informações secretas sobre as atividades da empresa de defesa Uralvagonzavod para a produção e reparação de equipamentos militares”, detalhou a Procuradoria-Geral russa.
A Procuradoria-Geral da Rússia enviou a julgamento nesta quinta-feira (13) o caso de espionagem contra o jornalista americano Evan Gershkovich, correspondente do The Wall Street Journal, detido em março de 2023.
O órgão especificou que “Gershkovich praticou ações ilegais tomando medidas de grande sigilo”. Ele foi preso em Ecaterimburgo e formalmente acusado de espionagem pelo Serviço Federal de Segurança (FSB) em 7 de abril.
Segundo o FSB, o jornalista “estava coletando informações secretas sobre as atividades de uma das empresas do complexo militar-industrial russo por encomenda do lado americano”. As autoridades dos EUA e o The Wall Street Journal negaram as acusações e exigiram a libertação imediata de Gershkovich.
Em fevereiro, em entrevista ao jornalista americano Tucker Carlson, o presidente russo Vladimir Putin não descartou a possibilidade de Gershkovich ser negociado e afirmou que a Rússia “não se recusa a falar sobre isso”.
“Estamos dispostos a encontrar uma solução, mas há certas condições que discutimos com os nossos parceiros através dos canais entre os serviços de inteligência. Acho que podemos entrar em um acordo,” declarou Putin.
No entanto, Putin alegou que Gershkovich foi pego “em flagrante”. “Obter informações secretas através de meios conspiratórios é espionagem e ele trabalhava para os serviços de inteligência dos EUA,” insistiu.