A Rússia defendeu nesta quinta-feira (13) seu “direito de cooperar” com a Coreia do Norte, país que aguarda a visita do presidente russo, Vladimir Putin, cuja data ainda não foi anunciada oficialmente.
“Acreditamos que o nosso direito de desenvolver relações amistosas com os nossos vizinhos não deve preocupar ninguém e não pode ser questionado,” disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em sua coletiva de imprensa telefônica diária.
Peskov acrescentou que a Coreia do Norte é um país “vizinho e amigo” com o qual a Rússia desenvolve relações bilaterais.
“Continuaremos a fazê-lo de maneira crescente. O potencial para o desenvolvimento das nossas relações bilaterais é muito profundo,” completou.
Seul espera que Putin visite a Coreia do Norte “nos próximos dias,” segundo um representante do gabinete presidencial sul-coreano, que falou sob condição de anonimato.
A última vez que Putin viajou à Coreia do Norte como líder russo foi em julho de 2000, quando Kim Jong-il, pai do atual ditador Kim Jong-un, ainda estava no poder.
No último ano, os dois países reforçaram significativamente sua cooperação em diversas áreas, incluindo alimentação, turismo e, especialmente, defesa. Essa aproximação foi consolidada após uma cúpula entre Putin e Kim Jong-un no Extremo Oriente russo, em setembro de 2023.
Segundo potências ocidentais, durante esse período, Pyongyang transferiu milhares de contêineres com armas para o Exército russo usar contra a Ucrânia. Em troca, Moscou teria aconselhado o regime norte-coreano a lançar satélites espiões, ações que violam as sanções da ONU contra a Coreia do Norte.