O presidente da Argentina, Javier Milei, realizou um extenso discurso para avaliar os primeiros seis meses de seu governo nesta quarta-feira (12). Durante sua fala, ele reafirmou que zerar o déficit fiscal é a prioridade de sua administração.
Milei discursou no fórum ExpoEFI 2024, o mais relevante evento econômico, financeiro e de investimentos da Argentina. Ele destacou as políticas econômicas já implementadas desde que assumiu a presidência em 10 de dezembro do ano passado.
O presidente destacou seu ajuste fiscal, chamando-o de “o maior da história da humanidade”. Para demonstrar o sucesso dessas medidas, citou diversos registros mensais do governo. Além disso, destacou o desafio de conseguir a aprovação do Senado para a Lei de Bases, conhecida como Lei Omnibus, que já passou pela Câmara dos Deputados.
Milei reconheceu que, independentemente do resultado da votação da Lei de Bases no Senado, o objetivo de seu governo é avançar com “3.200 reformas estruturais”.
“Vamos mudar a Argentina, vamos torná-la um país liberal, o mais liberal do mundo, e em 40 anos seremos a primeira potência mundial”, declarou o presidente.
Durante seu discurso, o presidente celebrou a desaceleração da inflação mensal – que ficou em 289,4% anual em abril – nos primeiros meses de seu mandato, e respondeu às críticas recentes de que a Argentina está enfrentando uma grande recessão devido à queda abrupta da atividade econômica.
“Sabíamos que as medidas de choque econômico teriam um impacto sobre a atividade, mas a economia já atingiu seu piso e começou a subir”, afirmou Milei.
Quanto ao fim das restrições cambiais na Argentina, uma de suas promessas eleitorais ainda não cumprida, o presidente admitiu que ainda é necessário “trabalhar” no Banco Central – que ele prometeu fechar durante sua campanha – antes que essa medida possa ser implementada.
Além dos aspectos econômicos, Milei elogiou sua ministra da Segurança, Patricia Bullrich, que foi sua rival nas últimas eleições presidenciais, e sua ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello.
Milei também confirmou sua próxima viagem à Itália para participar da reunião do G7 – que inclui Alemanha, França, Itália, Estados Unidos, Japão, Reino Unido e Canadá – na região da Apúlia, onde será um convidado especial.