A família da dentista Emelly Nayane da Silva Ribeiro, brutalmente assassinada por seu ex-companheiro Lívio Quirino de Oliveira Neto, relatou uma rotina de agressões sofridas pela jovem. Segundo os familiares, Lívio não aceitava o fim do relacionamento, que havia terminado um mês antes do crime.
De acordo com os relatos, Lívio teria chamado Emelly alegando passar mal e ameaçando tirar a própria vida. Emelly, preocupada e tentando evitar uma tragédia, foi ao encontro dele para socorrê-lo e acalmá-lo. No entanto, a família já conhecia o histórico de investidas domésticas, moral e física que Emelly sofria, agravado pelo ciúme constante.
A mãe da vítima, Josymeri Bento, revelou que a filha vivia sob constante agressão e controle. Ela enfatizou que Emelly enfrentava um relacionamento abusivo, marcado por episódios frequentes de violência. O assassinato, ocorrido em 22 de fevereiro de 2021, foi o trágico desfecho de uma série de abusos.
Emelly foi assassinada no apartamento onde residia com o filho do casal, no edifício Porto das Antilhas, no bairro de Pau Amarelo. Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Lívio sufocou Emelly após uma discussão. O atestado de óbito da vítima confirma a causa da morte como asfixia direta por esganadura.
Josymeri Bento clama por justiça, pedindo a pena máxima para o ex-genro. Ela espera que o julgamento, marcado para esta terça-feira, 11, no Fórum de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, traga um desfecho justo para o caso. O julgamento será presidido pelo juiz Thiago Fernandes Cintra.