O crescimento dos casinos online afetou praticamente todos os países do mundo. Portugal não foi exceção. Em 2022, por exemplo, os apostadores portugueses gastaram uma média de 31 milhões de euros por dia nas apostas online e noutros jogos de azar.
Como tal, e tendo em consideração todos os perigos inerentes aos jogos de azar, o Governo português decidiu criar quadros regulamentares com o objetivo de proteger os jogadores e minimizar assim os riscos sociais que pudessem ser causados por esta atividade. A promoção do jogo responsável surgiu assim como uma das formas de tentar alertar os jogadores para os potenciais problemas do jogo online.
Mas como é que os casinos portugueses promovem estas medidas? Vamos descobrir.
Um país de jogadores
De acordo com um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, cerca de 20% dos estudantes universitários do Porto apresentam algum tipo de dependência do jogo. Na sua grande maioria, esta dependência é causada pelas apostas desportivas online. Estes números encontram-se dentro contexto geral do jogo em Portugal, país que vê o número de jogadores online aumentar de ano para ano.
O jogo online é permitido em Portugal desde 2015, data a partir da qual o Turismo de Portugal passou a tutelar a exploração desta atividade através do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ). Esta entidade utiliza critérios rigorosos para licenciar (ou não) os operadores de jogo que querem explorar o jogo online em Portugal. À data, encontram-se apenas licenciadas 17 entidades.
Devido aos critérios rigorosos do SRIJ, muitos apostadores portugueses escolhem antes jogar em casinos online de outras jurisdições, como aqueles que se podem encontrar em https://casinorix-pt.com/.
Medidas preventivas
Além de os casinos portugueses serem obrigados pelo SRIJ a disponibilizar ferramentas de jogo responsável, os requerimentos legais não são as únicas razões pelas quais os casinos online disponibilizam essas ferramentas. Os próprios casinos têm interesse em fomentar uma relação assente na responsabilidade com os seus clientes.
Para esse efeito, os casinos online dispõem de ferramentas que permitem controlar o jogo das seguintes formas:
- Controlar do tempo de sessão.
- Impor limites de depósito mensais.
- Autoexcluir a conta.
- Pedir um período de afastamento do casino online.
Educar para entender
Além dos mecanismos oferecidos pelos casinos para controlar o jogo online, a educação dos próprios jogadores para os perigos inerentes a esta atividade também é bastante importante e a única forma de permitir que joguem de forma responsável. Isto torna-se especialmente importante quando dados do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) mostram que um em cada cinco jovens de 18 anos já apostou online e que 9% joga online mais de seis horas por dia.
Apesar de tudo isto poder ser feito de forma legal e de muitos destes jogadores não estarem predispostos a comportamentos de risco, o sistema de controlo de impulsos no cérebro humano só se forma na totalidade por volta dos 22 anos. Por isso, é importante que os jogadores saibam reconhecer os sinais de alerta para potenciais problemas com o jogo.
Entre os sinais de alerta mais comuns encontram-se a preocupação acrescida com o jogo online, a inquietação ou irritabilidade quando não se joga, o aumento do valor das apostas e a perturbação das relações interpessoais por causa do jogo online.
Desafios constantes
Os casinos online são obrigados a navegar um panorama complexo. Por um lado, as entidades que exploram o setor são empresas privadas que procuram lucrar com a atividade, por outro, a própria exploração do jogo online pode levantar alguns problemas éticos e sociais. Ao contrário do que acontece noutras indústrias, em que os clientes trocam o seu dinheiro por bens ou serviços, na indústria do jogo online isso é um pouco mais complexo.
O argumento é que os jogadores pagam pelas horas de entretenimento e que qualquer ganho monetário é apenas uma situação esporádica e com a qual não devem contar frequentemente. No entanto, é sabido que a maioria dos jogadores online fá-lo porque procura lucro fácil.
Os dados mostram até que a legalização da atividade já levou a um aumento de alguns dos problemas inerentes ao jogo. Antes da legalização do jogo online, em 2012, apenas 0,6% da população tinha problemas com o jogo. Em 2017, dois anos depois do jogo online ser legal, o número de jogadores viciados era de 1,8%.
Cabe aos casinos saber navegar cuidadosamente estas águas para que consigam continuar a oferecer os seus serviços sem que estejam a explorar negativamente os seus clientes.