Apesar de ter interesses políticos no apoio do eleitorado evangélico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participará da Marcha para Jesus, considerado o maior evento religioso do mundo.
No Brasil, a festividade acontece anualmente em todos os estados do país. Em São Paulo, onde ocorre a edição principal, o evento será realizado nesta quinta-feira (30), às 10h, na estação Luz do metrô, no centro de São Paulo. Representando o presidente estará o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, que é evangélico e ligado ao PT.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), confirmaram presença no evento. Os convites foram feitos pelo apóstolo Estevam Hernandes, organizador da marcha e fundador da Igreja Apostólica Renascer em Cristo.
Jair Bolsonaro, ex-presidente e mais alinhado ao eleitorado evangélico, esteve em todas as edições da Marcha para Jesus, sendo o primeiro chefe do Palácio do Planalto a comparecer ao evento. Em 2024, a marcha chega à sua 32ª edição com o tema “Dupla Honra”, baseado no texto bíblico “Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra”, escrito no livro de Isaías.
A marcha começará às 9h30 com a “Marcha Kids”, destinada às crianças, e contará com apresentações de cantores gospel como Aline Barros, Bruna Karla, Cassiane, Isadora Pompeo, Thalles Roberto, Theo Rubia, Renascer Praise, Morada, e a dupla Jefferson & Suellen.
Em abril, ao perceber que a desaprovação de seu governo estava aumentando entre os evangélicos, Lula passou a incorporar menções a milagres e a Deus em seus discursos, como fez durante a inauguração de uma obra hídrica em Ipojuca, Pernambuco. No discurso, Lula criticou a disseminação de fake news por seus opositores, afirmando:
“Eu vejo a fábrica de mentiras que tem de fake news, que vocês acompanham. Uma fábrica podre, parece um bando de lixo, parece uma fossa, que só fala mentira, só prega ódio, só conta falsidade, inventa mentira todo o dia, que a gente não pode acreditar porque Deus não é mentira. Deus é a verdade. E ninguém pode utilizar o nome de Deus em vão como eles usam todo santo dia. É por isso que a gente vai ter que mudar esse país”, externou Lula na ocasião.