Líderes do Partido dos Trabalhadores caracterizam o evento do Dia do Trabalhador, celebrado nesta quarta-feira (1º), como um “fiasco”. De acordo com o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, a escassa presença de público no evento foi assunto nos bastidores, tendo o resultado negativo como questão de a urgência de o presidente Lula (PT), que agora quer implementar mudanças nos movimentos sociais e na coordenação política de seu governo.
Realizado no estacionamento da Neo Química Arena, conhecido como Itaquerão, o evento político organizado por centrais sindicais e movimentos sociais não conseguiu atrair nem mesmo 2 mil pessoas.
Segundo estimativas do grupo de pesquisa Monitor do Debate Político, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo (USP), o ato político com a presença de Lula reuniu apenas 1.635 pessoas. Considerando a margem de erro de 12%, há uma variação possível de 196 pessoas para mais ou para menos.
Durante seu discurso no evento em celebração ao Dia do Trabalhador, Lula expressou sua insatisfação com a falta de público. O líder petista responsabilizou Márcio Macedo, titular da Secretaria-Geral da Presidência, e tentou minimizar o problema ao dirigir-se a uma audiência consideravelmente reduzida.
“Ele [Márcio Macedo] é responsável pelo movimento social brasileiro. Não pense que vai ficar assim. Vocês sabem que ontem [terça-feira (30)] eu conversei com ele sobre esse ato e eu disse para ele: “Oh, Márcio, o ato está mal convocado. O ato está mal convocado. Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”. Mas, de qualquer forma, eu estou acostumado a falar com mil, com 1 milhão [de pessoas], mas também, se for necessário, eu falo apenas com a senhora maravilhosa que está aqui na minha frente pra conversar com a gente”, disse o líder petista.