Para alcançar metas financeiras e direcionar seus recursos de forma estratégica, a grande maioria dos residentes do Sudeste brasileiro, aproximadamente 70,4%, realiza algum tipo de planejamento financeiro. Essa constatação surge a partir de uma pesquisa conduzida pela Associação Brasileira do Planejamento Financeiro (Planejar) a pedido da CNN Brasil, que entrevistou 649 pessoas na região.
Dos entrevistados que se engajam em planejamento financeiro, cerca de 18,1% têm como principal objetivo alcançar estabilidade financeira. Outras prioridades incluem a aquisição de imóveis, a organização das finanças pessoais e a busca por melhorias no padrão de vida.
Osvaldo Cervi, vice-presidente do Conselho de Administração da Planejar, interpreta esses dados como um sinal positivo de que mais pessoas estão reconhecendo a importância do planejamento financeiro. Entretanto, ele destaca que ainda há um longo caminho a percorrer em termos de compreensão da relevância desse planejamento para objetivos de longo prazo.
De acordo com a pesquisa, 40,9% dos residentes do Sudeste planejam suas finanças pensando no longo prazo, enquanto 29,6% o fazem a curto prazo, uma abordagem também observada em outras regiões do país, como Norte, Nordeste e Sul. No entanto, no Centro-Oeste, a tendência é de um planejamento mais focado no curto prazo em comparação a estratégias de longo prazo.
O estudo também revelou que a falta de renda é a principal barreira para 29,3% daqueles que não realizam planejamento financeiro. Essa constatação ecoa os resultados do estudo “Pulso 2023” da Ipsos, divulgado no início do ano, que indicou que mais de 60% dos brasileiros têm dificuldades em economizar dinheiro. Outros obstáculos identificados incluem a percepção de que o planejamento financeiro não é necessário, falta de conhecimento e falta de tempo.
Quando se trata de buscar orientação profissional, a maioria esmagadora, 72,8% dos entrevistados, afirmou não recorrer a um assessor financeiro. Em vez disso, eles procuram orientação principalmente com familiares e amigos, seguidos por gerentes bancários ou consultores financeiros autônomos.