Após o anúncio da proposta de reestruturação das carreiras dos servidores das universidades e institutos federais pelo governo federal, em meio à vigência de uma greve generalizada no setor, sindicatos representantes desses profissionais expressaram críticas à medida, rotulando-a como “irrisória e decepcionante”.
A greve abrange várias regiões do país. De acordo com a proposta apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está previsto um reajuste salarial de 9% a partir de janeiro de 2025, seguido por um aumento de 3,5% em maio de 2026 para os servidores.
No entanto, o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) considera esse reajuste inadequado para a categoria, mantendo assim a greve em todo o Brasil por enquanto. Além da exigência inicial por um aumento salarial variando de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria, os servidores estão demandando a reestruturação das carreiras dos profissionais técnicos-administrativos e docentes.
Os profissionais também pedem “a revogação de todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas durante os governos Temer e Bolsonaro”, bem como a recomposição do orçamento e um reajuste imediato nos auxílios e bolsas dos estudantes.
De acordo com a entidade sindical, a proposta do governo Lula até o momento não atende às demandas de recomposição salarial e reestruturação das carreiras. “A proposta do governo prevê um reajuste de 9% a partir de janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026. Isso implica na manutenção do congelamento salarial até 2024”, avalia o sindicato.
No mesmo sentido, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra Sindical) declarou que os profissionais ficaram “indignados” por não receberem aumento de salário este ano.
A decisão dos servidores da área da educação será oficializada após consulta às assembleias locais e apresentação durante a plenária nacional, ainda a ser convocada.