O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, planeja reunir-se nas próximas semanas com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do PP, e com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, do PSD, para debater o veto do presidente Lula a um trecho do Projeto de Lei das “saidinhas” temporárias, que mantém o benefício aos detentos do regime semiaberto.
A articulação para esses encontros em Brasília está sendo liderada pelo secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, do PL, que foi o relator do projeto na Câmara.
Nos bastidores, Guilherme Derrite não esconde sua insatisfação com o veto presidencial, argumentando que tem lutado há mais de 5 anos pelo fim das saídas temporárias de presos. Ele alega que o projeto foi aprovado na Câmara, no Senado e novamente na Câmara, mas o governo federal optou por ficar ao lado dos criminosos.
Derrite sustenta que a maioria dos brasileiros não compactua com as saídas temporárias de presos e exortou o Congresso Nacional a se posicionar em favor do que tem defendido sociedade e, com isso, derrube o veto.
A cúpula do PP acionou o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira, e deputados da oposição na Câmara dos Deputados para pressionar os presidentes da Câmara e do Senado a pautarem a derrubada do veto.
Desde então, um consenso entre PP, PL e Republicanos foi firmado pela anulação do texto presidencial. Derrite e Tarcísio, em paralelo, estão trabalhando para atrair mais partidos para votarem contra o posicionamento do presidente Lula.
A derrubada dos vetos presidenciais requer maioria absoluta em ambas as casas legislativas em uma sessão conjunta da Câmara e do Senado. No Senado, são necessários 41 dos 81 senadores, enquanto na Câmara são necessários 257 dos 513 deputados.