Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou em áudios vazados pela revista Veja que a Polícia Federal tem uma narrativa pronta nas investigações sobre o ex-presidente da República. Cid garante que foi pressionado nos depoimentos.
No material, ele tece críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que homologou sua delação premiada. A revista publicou áudios em que ele afirma ainda a um interlocutor que os policiais queriam que ele falasse o que não sabe ou o “que não aconteceu”.
“Você pode falar o que quiser. Eles não aceitavam e discutiam. E discutiam que a minha versão não era a verdadeira, que não podia ter sido assim, que eu estava mentindo”, relatou o ex-ajudante de ordens.
Ainda de acordo com a revista, a gravação é da semana passada e ocorreu após Cid prestar depoimento à Polícia Federal, que durou cerca de 9 horas. No áudio, ele afirma que os policiais só queriam “confirmar a narrativa deles” e, a todo momento, davam a entender que ele poderia perder os benefícios da delação premiada a depender do que contasse.