O Brasil ultrapassou a marca de 1,6 milhão de casos (prováveis e confirmados) de dengue em 2024. De acordo com dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, que foram atualizados nesta sexta-feira (16), o país registrou 1.684.781 casos nas primeiras dez semanas deste ano, superando a taxa total de 2023, 1.658.816.
No mesmo período do ano passado (janeiro a março), em menos de 3 meses, o país tinha 326.342 casos. Com isso, o ano de 2024 ultrapassará o início da série histórica, em 2000, e entrará para a história do Brasil como o maior surto de dengue já ocorrido desde então. O recorde de casos prováveis ocorreu em 2015, com 1.688.688.
Até o momento, 513 mortes foram confirmadas desde janeiro e 903 seguem em investigação. No ano passado, foram 202 óbitos entre as semanas 01 e 10.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 75% dos criadouros do mosquito transmissor estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral e materiais em depósitos de construção, a exemplo de sanitários estocados, canos e outros.
É a partir desses criadouros que a proliferação da fêmea do mosquito Aedes aegypti acontece, transmitindo a doença. Em uma nota lançada recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que a dengue mata pessoas saudáveis e de qualquer idade, sem a necessidade de comorbidades.
A OMS sustenta que, ao apresentar os primeiros sintomas, a pessoa deve procurar imediatamente uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequados. Quem estiver com suspeita precisa agir o mais rápido possível para buscar impedir que a infecção evolua rápido e resulte em óbito, que pode ocorrer em três ou quatro dias, a depender da gravidade do paciente.