A busca pelos dois criminosos que conseguiram fugir da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, completa um mês nesta quinta-feira (14), sem que as autoridades tenham conseguido capturá-los. Nesse período, os bandidos já mantiveram uma família como refém, foram avistados em comunidades diversas, se esconderam em uma propriedade rural e agrediram um indivíduo na zona rural de Baraúna (RN).
Desde que os dois criminosos fugiram, as autoridades prenderam seis indivíduos suspeitos de auxiliar os narcotraficantes. A Polícia Federal (PF) está mobilizando equipes para evitar que a “rede de apoio” da facção forneça suprimentos aos fugitivos, dificultando a operação.
O presídio de Mossoró faz parte dos cinco estabelecimentos de segurança máxima sob administração do governo federal em todo o país. Essa foi a primeira fuga registrada em um presídio federal na história do Brasil. Os fugitivos, identificados como Rogério da Silva Mendonça (conhecido como Tatu) e Deibson Cabral Nascimento (conhecido como Deisinho), são membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
Na quarta-feira (13), o ministro da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, visitou Mossoró para acompanhar as buscas em andamento. Em declarações à imprensa, afirmou que os fugitivos estão cercados em uma área “ampla” e “variável” próxima à cidade de Baraúna, localizada na divisa entre o Rio Grande do Norte e o Ceará.
No Brasil, as cinco penitenciárias federais classificadas como de segurança máxima contam com um sistema de vigilância avançado, incluindo captação de áudio ambiente e monitoramento por vídeo. No entanto, mesmo com essas medidas, a fuga ocorreu. Além de Mossoró, o sistema federal de segurança máxima possui presídios em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF).