O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve como medida oficial da inflação no Brasil, apresentou um aumento de 0,83% em fevereiro, superando o incremento de 0,42% registrado em janeiro. Essa elevação, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 12, ultrapassou as expectativas de mercado, que previam uma alta de 0,78%. Este foi o menor índice mensal observado desde 2023.
Em termos anuais, o acumulado dos últimos 12 meses mostra um incremento de 4,50% no IPCA, situando-se ligeiramente abaixo do percentual de 4,51% acumulado no período imediatamente anterior. Em fevereiro de 2023, o IPCA havia variado 0,84%.
Conforme o último Boletim Focus, também divulgado nesta terça, a projeção para o IPCA em 2024 é de 3,77%, registrando uma leve queda em relação à expectativa de 3,82% observada um mês antes. Para 2025, a projeção é de 3,51%, enquanto para 2026 e 2027, as expectativas estão fixadas em 3,5%. A meta de inflação estabelecida para esses anos é de 3,0%.
Dentro do segmento Educação, o destaque ficou por conta do expressivo aumento de 6,13% em cursos regulares, impulsionado pelos ajustes anuais nas mensalidades no início do ano letivo. As categorias que mais contribuíram para essa elevação foram o ensino médio (8,51%), seguido pelo ensino fundamental (8,24%), a pré-escola (8,05%) e a creche (6,03%). Ainda neste grupo, o curso técnico registrou alta de 6,14%, o ensino superior viu um aumento de 3,81% e a pós-graduação de 2,76%.
No setor de Alimentação e bebidas, que apresentou um crescimento de 0,95%, a variação mais significativa foi observada na alimentação consumida no domicílio, com um acréscimo de 1,12%. Esse aumento decorreu principalmente das elevações nos preços da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%) e do leite longa vida (3,49%).
O setor de Transportes teve uma alta de 0,72%, com destaque para o aumento em todos os tipos de combustíveis avaliados, que subiram 2,93% no geral. O etanol liderou os aumentos com 4,52%, seguido pela gasolina com 2,93%, pelo gás veicular com 0,22% e pelo óleo diesel com 0,14%.
Já em Comunicação, o índice registrou um avanço de 1,56%, impactado principalmente pelos reajustes na tv por assinatura (4,02%) e no pacote combinado de telefonia, internet e tv por assinatura (3,29%).