De orientação sunita, o Hamas, que é maior organização islâmica em atuação na Palestina, foi designado como uma organização terrorista como uma Organização Terrorista Estrangeira (OTE) pelos Estados Unidos em 1997, devido à sua longa história de envolvimento em atividades terroristas, como ataques suicidas, lançamentos de foguetes e outras formas de violência contra civis israelenses.
A União Europeia também passou a classificar oficialmente o Hamas como uma organização terrorista em 2003, após uma série de ataques terroristas realizados pelo grupo. Essa designação proíbe qualquer forma de apoio ou financiamento ao Hamas nos Estados membros da UE.
Além dos EUA e da UE, o Canadá, o Japão e Israel também consideram o Hamas como uma organização terrorista, citando suas ações violentas e sua recusa em reconhecer o direito de Israel de existir como um estado judeu.
Apesar dessas designações, alguns países, como China, Rússia e Brasil, não classificam oficialmente o Hamas como uma organização terrorista. No entanto, as ações do Hamas, incluindo seu uso de terrorismo e violência contra civis, continuam sendo amplamente condenadas pela comunidade internacional.
Nos últimos anos, tem havido debate amplo e controverso sobre a representação do Hamas na mídia. Grande parte dos veículos de comunicação o descrevem como um ‘movimento de resistência’ ou ‘grupo militante’, enquanto outros, como o portal de notícias G1, têm sido criticados por usar termos como ‘governo do Hamas’ em referência ao conflito em Gaza.
Em matéria recente, o G1 veiculou a seguinte publicação: “Número de mortes em Gaza devido a ofensiva de Israel supera 30 mil, diz governo do Hamas.” A manchete chamou a atenção de corrigidos, que argumentam que tal terminologia pode inadvertidamente legitimar o Hamas como uma autoridade governante, apesar de sua falta de reconhecimento internacional e seu status como organização terrorista já designada.
Além disso, o G1 também tem sido alvo de críticas por veicular estatísticas e informações do próprio Hamas, como feito em alguns relatórios de notícias, que põem em dúvida a credibilidade e imparcialidade das reportagens publicadas.