Na última terça-feira (27), o porta-voz da Presidência da Argentina, Manuel Adorni, comunicou que o presidente Javier Milei tomou a decisão de vetar o uso da chamada “linguagem neutra” em todos os setores da administração pública nacional.
Essa medida implica que documentos emitidos pelos ministérios e órgãos públicos federais não poderão mais conter o uso de símbolos como o “@” ou letras como “X” ou “E” em substituição a outras letras. Além disso, fica proibido o emprego de termos no feminino quando as palavras masculinas já incluírem todos os gêneros.
Na semana passada, o Ministério da Defesa da Argentina já havia emitido uma resolução similar, determinando que os órgãos da pasta e as Forças Armadas utilizassem exclusivamente o idioma espanhol conforme as normas da Real Academia Espanhola (RAE) e manuais internos das forças de segurança, vedando assim o uso da linguagem neutra.
A justificativa apresentada pelo governo Milei foi que as comunicações militares precisam ser “concisas, claras e diretas” e que uma interpretação equivocada poderia comprometer o desenvolvimento das operações e causar confusão.
“Iremos iniciar ações para proibir a linguagem inclusiva e tudo o que for referente à perspectiva de gênero na administração pública nacional”, declarou o porta-voz. “A linguagem que abrange todos os setores é o castelhano, a língua espanhola”, acrescentou.