O presidente da Argentina, Javier Milei, desencadeou uma série de postagens nas redes sociais relacionadas ao Brasil, provocando reações políticas em Brasília, especialmente do núcleo petista no Palácio do Planalto.
O argentino sugeriu uma conexão entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o grupo terrorista Hamas.
Uma das mensagens compartilhadas por Milei declarava: “Lula es pro Hamas. Bolsonaro es pro Israel. Fin” [Lula é pró Hamas. Bolsonaro é pró Israel. Fim].
No ano passado, antes de sua vitória nas eleições, Milei afirmou que, se eleito, não manteria relações com o Brasil ou países liderados por ‘comunistas’, e que não se reuniria com Lula após assumir a Casa Rosada. Além disso, ele também indicou uma possível distância em relação à China, outro parceiro comercial importante da Argentina.
As postagens de Milei sobre o Brasil não se limitaram apenas a críticas a Lula, mas também incluíram expressivo apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O político libertário compartilhou material que descrevia o Ato Pela Democracia, que reuniu 750 mil pessoas na Avenida Paulista, como uma demonstração de apoio popular a Bolsonaro e uma resistência ao “autoritarismo de Lula e à perseguição à oposição”.
Outra publicação destacou o discurso de Bolsonaro na Avenida Paulista como ‘histórico’ e em defesa da liberdade. Milei também enfatizou que aquele domingo estava definindo “o rumo da política no Brasil e a resistência contra a ditadura de Lula da Silva”.
Em uma última mensagem, Milei descreveu o evento como um “protesto massivo anti-Lula”, acompanhado de um vídeo em que Bolsonaro brandia uma bandeira de Israel, em referência à polêmica causada pela comparação de Lula entre a ação de Israel na Faixa de Gaza e as atrocidades cometidas por Adolf Hitler contra os judeus.