O advogado Marcelo Bessa renunciou aos casos em que defendia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com a decisão, passou a ser substituído pela advogada Luciana Lauria Lopes em ao menos 13 processos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).
Bessa, que é advogado do PL e atua na defesa do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, disse que não iria se manifestar publicamente sobre o assunto.
Segundo aliados de Bolsonaro, a destituição de Bessa estaria relacionada à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, o magistrado proibiu os investigados da Operação Tempus Veritatis de conversarem entre si, estendendo a medida para contatos por meio de advogados.
Tanto Bolsonaro quanto Valdemar foram alvos da Polícia Federal (PF), sob a suspeita de participarem de uma tentativa de golpe de Estado. Com isso, todos estão impossibilitados de estabelecer qualquer tipo de comunicação.
A determinação controvérsia causou polêmica e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com recurso para solicitar que a medida, que atingiu as defesas dos investigados, seja revogada. O presidente do órgão, Beto Simonetti, disse que irá recorrer ao STF para derrubar a proibição de comunicação entre advogados.
“Advogados não podem ser proibidos de interagir nem confundidos com seus clientes”, declarou Simonetti, em nota enviado ao portal Poder360.