O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do seu partido, Valdemar Costa Neto, estão proibidos de se comunicar após serem alvos de uma operação da Polícia Federal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para invalidar as eleições de 2022. A medida foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que também exigiu que Bolsonaro entregasse seu passaporte em até 24 horas.
A operação da Polícia Federal, autorizada por Moraes, impacta diretamente a estratégia eleitoral do PL para as eleições municipais deste ano, já que Bolsonaro não pode discutir a campanha com Valdemar devido à determinação do magistrado.
O advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, confirmou nas redes sociais que o ex-presidente cumprirá a decisão judicial, entregando seu passaporte às autoridades competentes. Além disso, ele informou que seu auxiliar direto, Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro e integrante do ‘gabinete do ódio’, retornará para Brasília atendendo à ordem de não manter contato com os demais investigados.
Wajngarten também destacou que, em viagens internacionais anteriores, Bolsonaro havia comunicado ao STF sua saída do Brasil, como ocorreu em uma visita à Argentina a convite do governo eleito.
Nas redes sociais, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, criticou a operação e afirmou que a política do Brasil está sendo decidida pelo Supremo.