O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, oficializou sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo em uma publicação nas redes sociais. Apesar de estar filiado ao PMB (Partido da Mulher Brasileira), Weintraub declarou que sua estratégia envolverá a judicialização da possibilidade de concorrer de maneira independente.
Apesar da fala, a legislação brasileira não permite candidaturas desvinculadas de partidos políticos, conforme estabelecido no artigo 14, parágrafo 3º, inciso V, da Constituição Federal de 1988, que exige filiação partidária como condição para a elegibilidade.
Anteriormente ministro durante o governo Bolsonaro, Weintraub rompeu com o ex-presidente em 2022, quando o ex-mandatário recusou apoiá-lo na disputa pelo governo paulista, segundo resto de aliados. Desde então, o ex-ministro tornou-se um crítico da família Bolsonaro.
Em uma transmissão ao vivo no YouTube, Weintraub externou sua intenção de pleitear judicialmente o número eleitoral 37, atualmente não utilizado por nenhum partido.
Ao fomentar sobre a polarização entre os pré-candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), e a possível influência de Bolsonaro na eleição, Weintraub reconheceu as dificuldades que enfrentará. “Talvez eu ganhe, talvez eu não ganhe. Provavelmente, não vou ganhar. Não estou saindo da mesma circunstância quando saí para governador [em 2022], quando estava com 16% das intenções de voto antes de ser massacrado. Mas pelo menos você vai para uma eleição com dignidade. Eu não vou votar no Nunes porque senão o Boulos vai ser prefeito”, avaliou.
O ex-aliado do bolsonarismo fez ainda um apelo por apoio financeiro para custear ações judiciais e a produção de materiais de campanha.