O Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) da Venezuela, alinhado ao regime chavista de Nicolás Maduro, confirmou nesta sexta-feira (26) a ineligibilidade por 15 anos de María Corina Machado, candidata da oposição às eleições presidenciais. O pleito está marcado para acontecer neste ano.
No Brasil, em 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) também tornou inelegível o principal líder da oposição. Jair Bolsonaro (PL) foi declarado impedido de participar das próximas eleições por um período de 8 anos.
Já na Venezuela, Machado foi a candidata mais votada em uma eleição primária realizada pela oposição venezuelana no final do ano passado. Emparedada politicamente, ela havia pedido ao TSJ a revisão do seu caso, com base em um mecanismo que havia sido acordado entre o regime venezuelano e a Plataforma Unitária Democrática (PUD), que gira em torno de coalizão de partidos opositores do chavismo.
Apesar da solicitação, o TSJ rejeitou o pedido de Machado, alegando que ela estava fora dos requisitos estabelecidos no Acordo de Barbados, assinado em 17 de outubro do ano passado.
O comunicado da Suprema Corte foi anunciado na rede social X, antigo Twitter. Lá, o judiciário também veiculou outras ações envolvendo o caso de ineligibilidade de opositores de Maduro.
Entre as medidas que impede a atuação política dos divergentes do ditador venezuelano está a ratificação da inabilitação política por 15 anos do ex-candidato presidencial e ex-governador de Miranda Henrique Capriles, além do cerceamento de Leocenis García e Richard Mardo, ambos críticos do regime de Maduro.