Neste domingo (21), a presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, teceu críticas a veículos jornalísticos, em especial a Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de São Paulo, após publicações sobre a retomada da Refinaria Abreu e Lima.
O evento, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi alvo de questionamentos mediáticos, resgatando episódios passados da Lava Jato. Lula, inclusive, chegou a dizer que a operação foi uma ‘mancomunação entre alguns juízes e procuradores subordinados ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos’.
“Tudo o que aconteceu nesse país foi uma mancomunação entre alguns juízes desse país e alguns procuradores desse país subordinados ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que nunca aceitaram o Brasil ter uma empresa como a Petrobras”, afirmou o chefe do Executivo no evento.
Gleisi Hoffmann, em sua manifestação no X, acusou os jornais de terem uma “longa trajetória de entreguismo e subserviência a interesses estrangeiros”, atribuindo a isso os “editoriais raivosos” sobre o evento.
A deputada prosseguiu, listando momentos desde 1953 em que esses veículos teriam atuado de maneira combinada, defendendo privatizações como a da CSN, Vale, BR Distribuidora e Eletrobras. Gleisi afirmou que os jornais foram ‘cúmplices’ de Sergio Moro, acusando-o de “destruir a indústria brasileira de engenharia, óleo e gás”.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto, Paulo Pimenta, também criticou a mídia, alegando uma ‘sincronia e articulação’ para evitar que o Brasil seja protagonista na ‘área de petróleo e gás’. Ele destacou o que chama resistência da grande mídia à retomada de controle na política energética e uma tentativa de ‘blindar’ o fracasso das privatizações como medidas ‘modernas e eficientes’.
“Dois fatos chamam atenção pela sincronia e articulação da grande mídia corporativa: 1) um discurso contra qualquer tentativa soberana do Brasil retomar o controle de sua política energética, em especial na área de petróleo e gás”, afirmou o ministro.
“2) uma tentativa de blindar o fracasso das privatizações como medidas ‘modernas e eficientes’ para garantir gestão, investimentos e qualidade no atendimento dos usuários dos serviços das companhias de energia elétrica”, emendou Pimenta.