Considerada como possível candidata a vice na busca pela reeleição do prefeito Eduardo Paes no Rio de Janeiro (RJ), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, manifestou o desejo de se filiar ao PT no início deste ano. Ela afirmou à CNN Brasil que, por enquanto, o plano é se filiar em 2024, sem uma data específica definida ainda.
A ministra, que não possui filiação partidária no momento, explicou que o desejo de virar oficialmente petista sempre existiu, mas as demandas da pasta limitaram a oportunidade de concretizar essa decisão, e atualmente está em processo de diálogo sobre o assunto.
Anielle Franco, irmã da vereadora Marielle Franco (PSOL), que foi assassinada a tiros em março de 2018, conta com o apoio da primeira-dama, Janja da Silva, de acordo com fontes do Palácio do Planalto e do PT. Apesar do interesse do PT em garantir a posição de vice na chapa de Paes, membros da sigla avaliam que o acordo ainda não foi finalizado.
A avaliação entre os petistas é de que, se as pesquisas confirmarem o amplo favoritismo de Eduardo Paes, o prefeito poderá recusar uma aliança com o PT, optando por uma candidatura “puro-sangue” com o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ). Outras opções para a posição de vice incluem o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio e o atual secretário especial de Assuntos Federativos do governo federal, André Ceciliano (PT).
Um fator adicional que pode influenciar a escolha do vice de Paes é o desempenho do deputado federal Alexandre Ramagem (PL), apoiado por Bolsonaro e atualmente em segundo lugar nas pesquisas. Caso Ramagem ganhe mais apoio e continue crescendo, a campanha de Paes poderá considerar um vice voltado para um público mais conservador.