O líder do Irã, Ebrahim Raisi, responsabilizou Israel por duas explosões que resultaram na morte de mais de 100 pessoas durante uma cerimônia memorial no sudeste do país, nesta quarta-feira (3). Em um discurso na TV, Raisi advertiu o governo israelense: “Aviso o regime sionista: não duvide que pagará um preço elevado por este crime e pelos crimes que cometeu”.
Ele destacou que a punição para Israel será tanto “lamentável” quanto “severa”. Até o momento, nenhum grupo reivindicou a responsabilidade por essas explosões, classificadas pelo Irã como um “ataque terrorista”.
O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matt Miller, afirmou em uma coletiva que os EUA não possuem “informação independente” sobre as explosões e que “não há razão para acreditar que Israel esteja envolvido”, de acordo com o setor de inteligência americano.
As explosões ocorreram no quarto aniversário da morte do comandante militar Qasem Soleimani, com pelo menos uma delas sendo atribuída a uma bomba, conforme relatado pela TV estatal iraniana. A primeira explosão aconteceu a 700 metros de seu túmulo, seguida por outra a um quilômetro de distância, enquanto os peregrinos visitavam o local, segundo relatos da mídia iraniana.
Soleimani foi morto em um ataque aéreo dos EUA, ordenado pelo ex-presidente Donald Trump, no Aeroporto Internacional de Bagdá, há quatro anos.