Você com certeza já ouviu falar sobre experiência do usuário, a tal da UX. Páginas que pensam em como o usuário vai interagir com elas possuem um grande diferencial da retenção de visitantes, fidelização de clientes e até da melhora do SEO. Mas e os usuários com deficiência? Você também está considerando eles em sua estratégia?
Caso não esteja, você está cometendo um grande erro. Pessoas com Deficiência no Brasil são um quarto da população. Isso significa que 25 de cada 100 dos seus possíveis clientes podem encontrar barreiras ao visitar seu site. E o que elas fazem quando têm dificuldade em fazer algo tão intrínseco da sociedade quanto navegar pela internet? Procuram a concorrência.
Construir um site com um design que pense na acessibilidade digital não é tão difícil quanto parece. Existem ferramentas e normas claras a serem seguidas, a fim de guiar seu desenvolvedor. Aqui você vai entender mais sobre o assunto.
O que é acessibilidade digital?
Acessibilidade digital é um conjunto de práticas que fazem com que o ambiente online seja amigável para pessoas com deficiência e elimine as barreiras de navegação para este público. Em geral, os tipos de deficiência são:
- visual
- auditiva
- cognitiva
- entre outras
Cada uma delas possui uma barreira a ser superada ao navegar pela internet. Para isso surgiram as Diretrizes de Acessibilidade Digital (WCAG), que padronizam como os sites devem se adaptar para promover inclusão.
Ao todo, são 13 diretrizes que seguem 4 princípios básicos. São os princípios:
- Perceptível: Todos os elementos do site devem ser facilmente percebidos pelos sentidos.
- Operável: O site deve ser operado por qualquer dispositivo, incluindo navegação por teclado.
- Compreensível: Toda informação deve ser apresentada de forma compreensível sem a necessidade de habilidades específicas.
- Robusto: O conteúdo do site deve ser sempre acessível e compatível com diferentes dispositivos e tecnologias assistivas.
Esses princípios visam criar uma experiência online inclusiva, facilitando o acesso e compreensão do conteúdo para todos os usuários, independentemente de suas capacidades ou dispositivos utilizados.
Por que promover acessibilidade digital?
Veja 3 motivos para promover a acessibilidade digital no seu site:
1. Inclusão social
Viver em sociedade hoje requer estar incluído nela como um todo. O ambiente digital não está fora disso. Pessoas com deficiência devem ser capazes de navegar com autonomia pelo mundo on-line, seja para fins de trabalho, entretenimento ou de socialização.
2. Melhorar o ranqueamento nos SERP
Para que um site seja inclusivo ele precisa inserir os chamados alt text (textos alternativos). São descrições de imagem em texto que ficam ali no HTML. Nessas descrições, você pode colocar as palavras-chaves mais importantes para seu conteúdo. Como os algoritmos consideram o site como um todo, o ranqueamento da sua página pode se beneficiar com isso.
3. Cumprir a lei
A Lei Brasileira de Inclusão é uma das mais completas do mundo em acessibilidade. Nela, está bem claro que o acesso à informação e a inclusão digital são exigências legais e que as WCAG devem ser adotadas por todos os sites – independente de serem governamentais, instituições privadas, ongs ou páginas pessoais.
A verdade é que não há malefícios ao tornar um site acessível. Você só tem a ganhar independente de estar mostrando ao público que considera todas as pessoas em seu negócio ou de simplesmente querer abocanhar outra fatia do mercado, adotar essas práticas vai transformar o seu negócio.