O perfil de fofocas Choquei, conhecido por disseminar desinformação nas redes sociais, já enfrenta representações no Ministério Público, conforme anunciado por advogados, políticos e diversas autoridades, e pode virar caso de polícia nas próximas semanas.
Os pedidos de investigação visam examinar a conduta do administrador do perfil, Raphael Sousa Oliveira, residente em Goiás, resultando em uma notícia de fato no MP local, ingressada pelo advogado Mizael Izidoro Bello, e no âmbito do Ministério Público Federal (MPF), de autoria do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Além disso, há solicitações direcionadas à Mynd8, empresa responsável por agenciar perfis como Choquei.
Na última semana, o perfil Choquei replicou uma difamação envolvendo uma jovem de 22 anos, sugerindo um suposto envolvimento dela com o humorista Whindersson Nunes, conhecido nacionalmente. Jessica Canedo, que sofria de profunda depressão há vários anos, foi a óbito após a intensa repercussão do caso.
Amigos próximos à família responsabilizaram páginas de fofoca, incluindo Choquei, pela contribuição para a tragédia, conforme declarações obtidas pelo Conexão Política. Jessica, que enfrentava fobia social, teve seu nome injustamente associado a uma polêmica na qual nunca esteve envolvida. Ela não era famosa nem aspirava ser conhecida.
Em nota no sábado (23), Choquei negou culpa pela morte de Jessica, alegando atuar “com base nos dados disponíveis no momento”. Não houve um pedido de desculpas formal nem correção, evidenciando não apenas amadorismo injustificável para um perfil que se autodenomina “principal fonte de notícias e atualidades”, mas também falta de sensibilidade e responsabilidade.