Após a apreensão de 59 pássaros na residência do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, em abril deste ano, novos desdobramentos revelam que 16 dessas aves morreram sob os cuidados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), enquanto três permanecem desaparecidas.
As aves, que pertenciam às espécies bicudos-verdadeiros e curiós, foram encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). O caso levou à recente inclusão do ex-ministro em um inquérito da Polícia Federal, que agora está sob análise da Justiça Federal.
Anderson Torres foi indiciado por posse irregular de animais silvestres. As apreensões ocorreram após o Ibama e o Ibram (Instituto Brasília Ambiental) identificarem supostas irregularidades no sistema.
De acordo com o registro da CNN Brasil, que teve acesso ao inquérito da Polícia Federal, 16 pássaros morreram enquanto estavam sob os cuidados do Ibama, e três estão desaparecidos. O Ibama afirma que algumas aves chegaram ao Cetas em condições debilitadas, resultando em óbitos. Os pássaros falecidos foram submetidos a necropsia na Universidade de Brasília (UnB) e passaram por perícia conduzida pela Polícia Federal. Os órgãos aguardam os resultados dos laudos.
O advogado de Anderson Torres, Alessandro Martins Menezes, no entanto, contesta as alegações do Ibama, afirmando que os pássaros não estavam debilitados. Segundo ele, as aves eram bem cuidadas e saudáveis.