André Mendonça, o segundo ministro indicado por Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), acumula reservadamente uma postura crítica em relação a Flávio Dino, conforme apontado pela jornalista Bela Megale, em matéria publicada nesta terça-feira (28).
Em conversas privadas, diz ela, Mendonça expressa desacordo sobre a indicação de Dino para suceder Rosa Weber, citando suas frequentes entrevistas e alegando que o ministro da Justiça “falava demais” e supostamente “perseguia” certas pessoas.
Em setembro, por exemplo, como mostrou o Conexão Política, houve um embate entre Mendonça e Alexandre de Moraes no plenário, onde Mendonça questionou o papel do ministro da Justiça nos eventos de 8 de janeiro, sendo rebatido por Moraes.
Mendonça, ainda conforme Megale, mostrava preferência pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, evangélico e com trajetória na AGU. Até o momento, o ministro permanece entre os poucos integrantes da Corte que não se pronunciaram após a indicação de Dino.
Em contrapartida, Kassio Nunes Marques, rasgou elogios ao esquerdista e disse que sua entrada dará fôlego ao Supremo.
“A indicação de Flávio Dino para o cargo de ministro do Supremo traz fôlego ao Tribunal no enfrentamento de questões relevantes para a sociedade. Tendo desempenhado funções na academia, na magistratura federal, no Congresso e, por último, no Ministério da Justiça, a experiência profissional o credencia para o trabalho de guarda intransigente da Constituição da República”, disse.