Manaus, a metrópole que está no coração da Amazônia, enfrenta uma crise ambiental de proporções alarmantes, desencadeada pelo flagelo das queimadas e por uma seca histórica que assola a região. A densa fumaça proveniente dessas chamas continua a envolver a cidade, resultando na degradação da qualidade do ar e na redução da visibilidade em várias áreas urbanas.
A onda de calor voltou a preocupar a população manauara na segunda-feira (30). Essa é a segunda vez que o fenômeno atinge a capital amazonense. No início de outubro, a cidade também foi tomada pela fumaça.
A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido alvo de críticas devido à falta de ações efetivas para solucionar esses problemas, apesar de seu discurso de compromisso com a causa ambiental. A situação se torna ainda mais agravante pelo fato de que o estado do Amazonas registrou, em outubro, o pior índice de incêndios em um quarto de século, agravando os danos infligidos à maior floresta tropical do mundo.
A seca implacável também afeta o Rio Negro, que atingiu seu nível mais baixo em 121 anos. Em um efeito cascata, os impactos ambientais afetam também as comunidades rurais e prejudicam os destinos turísticos da cidade. A qualidade do ar na capital amazonense tem sido classificada como péssima, de acordo com relatórios nacionais e internacionais, especialmente nas áreas da Zona Sul, onde os moradores têm registrado queixas recorrentes.