Nesta segunda-feira (16), os deputados federais do PSOL, Erika Hilton (SP), Henrique Vieira (RJ) e Luciene Cavalcante (SP), formalizaram uma solicitação junto ao Ministério Público Federal (MPF) para que seja conduzida uma investigação sobre a igreja Assembleia de Deus de Rio Verde, localizada em Goiás, sob a suspeita de promover a prática de ‘cura gay’.
O pedido de investigação ocorreu após a influenciadora Karol Eller, que frequentava essa denominação religiosa, falecer na semana anterior em São Paulo, aos 36 anos. As autoridades registraram o caso como um suicídio na 27ª Delegacia de Polícia, situada em Campo Belo, zona sul da capital paulista.
Embora os parlamentares do PSOL tenham feito essa solicitação, vale destacar que não apresentaram evidências substanciais para sustentar as alegações. Eles acusam a igreja Assembleia de Deus de promover práticas de ‘cura gay’ por meio do retiro ‘Maanaim’, que ofereceria, segundo eles, serviços destinados a ‘converter’ jovens homossexuais e bissexuais à heterossexualidade.
Karol Eller, em vida, chegou a externar que sua decisão de se converter foi voluntária, e que não levou em consideração quaisquer pressões externas para abandonar seu antigo estilo de vida. Em suas postagens e conteúdo publicado nas redes sociais, ela nunca promoveu a ‘cura gay’ nem sinalizou que tal prática era uma finalidade de suas atividades religiosas.
Os deputados do PSOL, contudo, politizam o caso, alegando que os tratamentos de ‘cura gay’ equivalem a atos de tortura e agressão direcionados à comunidade LGBTQIAPN+, afirmando que a orientação sexual e a identidade de gênero são características intrínsecas e inalteráveis de cada indivíduo.