Santiago Peña, o presidente direitista do Paraguai, conhecido por sua simpatia e histórico na polícia paraguaia, é uma figura carismática entre as lideranças mundiais. Com frequência, sorri em fotos ao lado de diversos líderes, independentemente de sua afiliação política.
Para além do sorriso fácil, Peña é reconhecido por sua firmeza nas decisões e pelo compromisso com os interesses de seu país. Ele é um grande defensor da prosperidade na América do Sul, buscando um papel ativo na arena global em vez de ser apenas um bloco passivo, tornando a região uma prioridade para outras nações.
Nesse contexto, Peña emitiu um ultimato claro à União Europeia em nome do Mercosul referente ao acordo de livre comércio entre os blocos. Em uma entrevista ao Financial Times, ele estabeleceu um prazo final até o dia 6 de dezembro, quando a presidência rotativa do Mercosul passará do Brasil para o Paraguai. Se o acordo não for aprovado até então, Peña afirmou que o bloco sul-americano abandonará a proposta e buscará acordos com países asiáticos.
Paraguai, inclusive, é o único país da América do Sul que reconhece Taiwan como uma nação independente.
A sinalização de Peña foi clara: ele mesmo romperá as negociações quando o seu país assumir seu turno na liderança do bloco. “Ou fechamos até 6 de dezembro ou não fechamos”, disse o presidente paraguaio, segundo o FT.
“Quem vai assumir a Presidência depois sou eu e falei para o Lula que basta (de negociações”, afirmou. “Se tem alguém que pode fechar esse negócio é o Lula … será neste ano ou, se não, não acontecerá”, acrescentou.