O horário de verão, uma medida que já foi amada por uns e odiada por outros no Brasil, foi, por muito tempo, motivo de discussões e polêmicas.
Independentemente das preferências pessoais, o governo federal alegava razões técnicas que justificavam a adoção da medida, que esteve em vigor no país todos os anos de 1985 até 2018.
Em 2019, no entanto, a medida foi extinta pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), e, neste ano, curiosamente, a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não dá indícios de que o horário de verão será reintroduzido.
Tanto a área técnica do Ministério de Minas e Energia quanto o próprio ministro da pasta afirmaram que, por enquanto, não há necessidade de adiantar os relógios, principalmente devido às boas condições atuais de suprimento de energia no país.
O ministro Alexandre Silveira também enfatiza que não há indicações de que será necessário adotar o horário de verão neste ano, pois os reservatórios das usinas hidrelétricas estão em suas melhores condições de armazenamento de água dos últimos anos.
Outro argumento contra a retomada do horário de verão no Brasil é o aumento na oferta de energia elétrica nos últimos anos, devido ao maior uso de usinas eólicas e solares.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios devem permanecer acima de 70% em setembro na maioria das regiões, o que representa estabilidade no sistema.