Enquanto os Três Poderes da República—Executivo, Legislativo e Judiciário— têm buscado abordagens de ressocialização e humanização da população carcerária, flexibilizando leis penais e acreditando na reinserção, o crime organizado continua ganhando força no país.
Em investidas cada vez mais audaciosas, os criminosos não têm poupado ninguém. Como já de rotina, os alvos frequentes são os trabalhadores, em especial os fluminenses, já sobrecarregados com a violência generalizada no estado do Rio de Janeiro.
Na noite desta quarta-feira (27), três pessoas ficaram feridas após criminosos lançarem um artefato explosivo de fabricação caseira em um ônibus que servia o sistema de transporte público da cidade, transportando cidadãos comuns e trabalhadores. O ataque narcoterrorista aconteceu na Avenida Brasil, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.
Segundo a Polícia Militar, o caso ocorreu nas proximidades da comunidade Joana D’Arc, em Costa Barros. As vítimas foram prontamente encaminhadas para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na zona oeste da cidade. A Secretaria Municipal de Saúde informou que duas delas estão em condição estável e uma já recebeu alta hospitalar.
Em comunicado, o sindicato das empresas de ônibus da cidade, Rioônibus, lamentou o crime e responsabilizou o estado pela falta de ação: “O setor, que antes sofria com ônibus incendiados por criminosos, agora é alvo de granadas. Passageiros e motoristas perderam o direito de ir e vir na cidade do Rio de Janeiro. Diariamente, a inação do Estado em relação à Segurança Pública é evidente por meio de episódios de violência extrema. O crime e o medo, infelizmente, tornaram-se rotineiros, assim como as vítimas que se transformaram em estatísticas. O Rio Ônibus lamenta profundamente o ocorrido e reforça o apelo para que as autoridades competentes tomem providências urgentes”, afirmou a nota.
Nas redes sociais, circulam diversos vídeos mostrando pessoas feridas e o ônibus aparentemente destruído. A polícia informou que está reforçando a patrulha na região onde o crime ocorreu.