Após afirmar que Vladimir Putin não seria preso caso visitasse o Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surpreendentemente alegou desconhecimento sobre a existência do Tribunal Penal Internacional (TPI) durante uma entrevista concedida durante sua viagem à Índia, por ocasião da cúpula do G20.
Essa alegação suscita dúvidas sobre a memória do presidente ou a possibilidade de estar mentindo em rede global, uma vez que, em ocasiões anteriores, ele demonstrou ter conhecimento sobre o TPI. Em abril deste ano, durante sua passagem pela Espanha, enquanto defendia uma punição rigorosa para Jair Bolsonaro (PL), Lula afirmou que um dia o ex-presidente deveria julgado por um tribunal internacional pelas ações em sua gestão à frente do Palácio do Planalto.
“Um dia esse homem vai ter que ser julgado num tribunal internacional pela chacina que aconteceu no nosso país”, disse Lula. Curiosamente, naquela época, ele não questionou a razão pela qual o Brasil se tornou signatário do TPI em 2002. Ele não parecia duvidar da eficácia da Corte de Haia ao atacar seu oponente.
Se Lula está tentando reescrever a história ou encobrir seu passado, o Conexão Política está aqui para lembrar aos leitores dos fatos. Em fevereiro de 2022, a possibilidade de denunciar Bolsonaro ao Tribunal Penal Internacional também foi discutida durante a CPI da Covid-19, colegiado esse que perseguiu o Conexão Política, em ações protagonizadas por Humberto Costa (PT-PE) e Renan Calheiros (MDB-AL), que com acusações levianas tentaram colocar em dúvida a seriedade e transparência do nosso trabalho.
Os esquerdistas não lograram êxito contra nós, pois não conseguiram encontrar nenhuma irregularidade em relação a este jornal digital. Além disso, fomos excluídos do inquérito final, uma vez que as denúncias contra nós foram arquivadas devido à ausência de provas substanciais. Assim, permanecemos firmes e inabaláveis. E aqui estamos.
No ano passado, um grupo de parlamentares viajou até Haia, na Holanda, sede do tribunal, para apresentar formalmente acusações contra o então presidente Bolsonaro. Entre eles estavam os senadores Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), atual líder do governo Lula no Congresso Nacional, e Humberto Costa.
Já em 2021, juristas se reuniram com membros da CPI para discutir maneiras de levar o caso ao tribunal internacional, com o apoio do senador Rogério Carvalho (PT-SE), que defendeu essa ação. Portanto, o conhecimento de Lula sobre o TPI é evidente em sua história política, incluindo as atuações dos seus mais altos aliados.