O cenário político brasileiro tem sido palco de eventos significativos no feriado de 7 de setembro, especialmente nos últimos anos. Em 2022, durante o último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), o país testemunhou um impressionante sucesso de público. Milhões de brasileiros se reuniram em todos os estados do país, incluindo pontos centrais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, em manifestações caracterizadas por um forte sentimento patriótico e apoio ao então chefe do Executivo federal.
O bicentenário da independência do Brasil foi comemorado de forma grandiosa, ainda com Bolsonaro no poder. Isso contrariou as previsões da mídia e da oposição, que afirmavam que o governo de direita não seria capaz de mobilizar uma multidão por enfrentar desgastes. No entanto, a população brasileira expressou seu apoio de maneira massiva, enchendo as ruas em um protesto pacífico e em prol de seus ideais políticos.
O cenário de agora, um ano depois, é completamente avesso. Com a chegada do atual ano e a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as expectativas eram igualmente altas, pelo menos do ponto de vista do governo federal. A gestão lulopetista até investiu mais recursos, cerca de R$ 3,1 milhões, para realizar as celebrações do 7 de setembro, em comparação aos pouco mais de R$ 900 mil gastos por Bolsonaro durante seu primeiro ano de mandato.
Contudo, o resultado foi notavelmente diferente. Mesmo com uma aplicação superior e uma intensa convocação nas redes sociais, as ruas ficaram vazias. Não apenas a Esplanada dos Ministérios, mas também outros locais tradicionais de manifestações cívicas, tiveram presença reduzida de público. O Dia da Independência parecia ter perdido sua relevância, em contraste com o fervoroso apoio que Bolsonaro havia experimentado no mesmo dia durante seu governo.
Esse contraste mais que evidente entre os dois momentos reforça que, mesmo fora do Palácio do Planalto, o bolsonarismo verde e amarelo mantém sua influência pelo país. Isso confirma que a base de apoio ao ex-presidente Bolsonaro continua ativa e engajada, enquanto o atual governo enfrenta desafios para mobilizar as massas e manter o mesmo nível de apoio nas ruas.