A Federação Nacional de Entidades de Praças Militares Estaduais (Fenepe), associação que representa mais de 40 entidades de oficiais militares das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros no Brasil, processou três emissoras de TV: Globo, Band e Cultura, com o objetivo de impedir que programas jornalísticos das três emissoras usem o termo ‘chacina’ para definir as operações realizadas pela polícia militar desde o fim de julho em Santos e Guarujá, cidades do litoral de São Paulo.
Batizada de Operação Escudo, as ações foram realizadas após o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). De acordo com policiais militares que integram a Fenepe, reportagens exibidas em telejornais como Jornal Nacional, Bom Dia Brasil, Jornal da Cultura, Jornal da Band e Brasil Urgente, fizeram uso do termo “chacina” para enquadrar o trabalho policial.
“As requeridas estão noticiando de forma irresponsável o evento ocorrido, denominando-o como ‘chacina’ e ‘tortura’, cujas notícias estariam afetando a família de diversos policiais/praças militares perante a sociedade civil, deteriorando a opinião pública sobre o órgão e criminalizando as ações dos policiais”, diz trecho do documento.
Os policiais militares querem uma liminar que proíba os termos ‘chacina’, ‘extermínio’ ou ‘tortura’ em reportagens sobre a operação, além de multa de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento.