Em entrevista à Bloomberg News, o candidato à presidência argentina Javier Milei, o mais votado nas eleições primárias, disse que pretende retirar seu país do Mercosul caso seja eleito.
O direitista desdenhou eventuais parcerias com o Brasil, Colômbia e outros países governados pela esquerda na América do Sul.
Na entrevista, o postulante voltou a dizer que pretende acabar com o Banco Central argentino. “Os bancos centrais estão divididos em quatro categorias: os ruins, como o Federal Reserve [dos Estados Unidos], os muito ruins, como os da América Latina, os terrivelmente ruins e o banco central da Argentina”, afirmou.
O libertário, que é economista, criticou o Mercosul e deu embasou suas alegações para retirar a Argentina do bloco econômico.
“O Mercosul é uma união aduaneira de má qualidade, que cria distorções comerciais e prejudica todos os seus membros”, externou.
Ao falar sobre como seriam as relações com governos sul-americanos de esquerda, Milei ironizou: “Não tenho parceiros socialistas”. Ainda assim, fez questão de dizer que tem vínculo com o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, também direitista, e que declarou apoio à sua campanha. A relação entre eles é “excelente”, reiterou.
Na entrevista, Javier também criticou a China. “As pessoas não são livres, não podem fazer o que querem. E quando elas fazem o que querem, eles [governo] as matam”, afirmou Javier Milei.