O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, foi confrontado sobre a Operação Escudo. Deflagrada na última sexta-feira (29) em reação ao assassinato de um policial militar da Rota, a força-tarefa levou 58 pessoas para a cadeia e causou 16 mortes.
“Achei que a senhora, como mulher, ia defender a policial que tomou tiros de fuzil pelas costas do crime organizado”, disse Derrite em resposta a questionamentos e críticas da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP). O secretário frisou que dois policiais foram feridos por armas de fogo durante as ações no litoral paulista.
Segundo Derrite, “não passa de narrativa” as denúncias de tortura ou de execução. “Todos os exames do Instituto Médico Legal, as necrópsias, não apontam nenhum sinal de violência, muito menos de tortura. O que existe, na primeira vez no estado de São Paulo, é um governador que tem coragem de enfrentar o crime organizado”, defendeu, fazendo menção a Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A Defensoria Pública de São Paulo (DPESP), em reação, pediu à Secretaria de Segurança Pública (SSP) a interrupção da operação. O governador Tarcísio também nega que tenha havido excesso na reação das forças de segurança à morte do policial.