“O amor venceu o ódio?”. O questionamento é do ex-deputado e ex-coordenador da operação Lava Jato, Deltan Dallagnol. A indagação faz referência ao slogan que se tornou central na campanha do então candidato à presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e pretendia transmitir uma mensagem de esperança e união, afirmando que a força do amor superaria as divisões e animosidades políticas. Ao menos foi isso que o lulopetismo fez durante as eleições: ‘bombardeou’ o eleitor com essas mensagens. No entanto, o desenrolar dos acontecimentos após a corrida presidencial mostra uma realidade contrária ao que foi difundido pela esquerda e lideranças do centrão.
Durante todo o período eleitoral, Lula acusou seu adversário de destilar ódio e de ser uma ameaça à democracia. Suas declarações apontavam para a polarização política existente no país e buscavam explorar as emoções dos eleitores, enfatizando a ideia de que seu oponente representava um perigo para o país. Essa retórica inflamada, ainda que comum em campanhas eleitorais, não parecia estar alinhada com o discurso de amor e união propagado pelo slogan.
Apesar de ser declarado vencedor do pleito, Lula não abandonou o tom eleitoral agressivo. Pelo contrário, após retornar ao poder, persiste em destilar ódio contra seus opositores e adota uma postura confrontadora. Em vez de trabalhar pela união da nação e buscar construir pontes com aqueles que pensam diferente, o chefe do Executivo continua a adotar uma retórica beligerante e a mobilizar sua base para confrontar e até mesmo ‘pedir a cabeça’ de quem se oponha à sua agenda política, como o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Com base nesses episódios corriqueiros, Deltan Dallagnol, rival histórico de Lula, veiculou um vídeo nas redes sociais com o intuito de evidenciar as contradições entre as falas do petista quando era candidato e suas atitudes e discursos como presidente. O vídeo destaca a discrepância entre o discurso de amor e união pregado durante a campanha e a postura agressiva e divisiva adotada no exercício do cargo.