Em países submetidos a ditaduras, como Cuba, Bolívia, Nicarágua e Venezuela, os regimes autoritários continuam a reprimir a população, restringindo cada vez mais a participação da oposição nas eleições que ocorrem periodicamente.
Na Venezuela, por exemplo, durante a ascensão do atual ditador Nicolás Maduro, foi promovida uma campanha intensa de desarmamento civil, retirando completamente o direito dos cidadãos à legítima defesa. Como se sabe, o desarmamento transformou-se em um instrumento de tiranias repressão estatal.
Em contraste, no Brasil, os últimos quatro anos foram marcados por uma política de flexibilização do acesso a armas, que se tornou uma das principais bandeiras do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número de registros de CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores) saltou de 117,5 mil em 2018 para 783,4 mil em 2022.
Ao mesmo tempo, o número de mortes violentas registradas apresentou uma queda significativa, atingindo o menor índice dos últimos 12 anos, abrangendo os anos de 2018, 2019, 2020, 2021 e 2022.
O ex-presidente, em suas declarações públicas, avalia que a aquisição de armas se tornou importante para garantir a legítima defesa dos civis, enfatizando frequentemente o jargão “o povo armado jamais será escravizado”.
Mesmo diante dos números que evidenciam a queda nos casos de mortes violentas no país, o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, tem dito que as implantações adotadas no governo do ex-presidente avolumou o poder de fogo de organizações criminosas. O representante do governo Lula, no entanto, não apresentou provas.