Uma audiência pública no Senado debateu nesta quinta-feira (13) a situação carcerária de suspeitos pela invasão e depredação das sedes dos Três Poderes nos atos de 8 de janeiro.
Advogados que marcaram presença no Congresso afirmam que há violações de direitos humanos das mais de 200 pessoas que continuam detidas no Complexo Penitenciário da Papuda e na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia.
De acordo com a presidente da Associação dos Familiares e Vítimas de 8 de janeiro, Gabriela Fernanda Ritter, afirmou que muitas pessoas que se encontram presas se manifestaram de forma ordeira e pacífica durante o acampamento montado em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, em Brasília e não participaram dos atos e depredação.
Segundo elas, a detenção envolve prisões ilegais, com diversas pessoas tendo o seu direito de defesa cerceado. Ainda conforme seu relato, não há, inclusive, a individualização das condutas imputadas aos presos.
A subdefensora pública-geral do Distrito Federal, Emmanuela Saboya, disse que a Defensoria Pública tem acompanhado diariamente a situação dos presos. Ela diz que há relatos de que o acesso aos presídios estão sendo dificultados, como também a alimentação fornecida aos presos.
A advogada Carolina Siebra, por sua vez, critica as prisões. Ela alega que as audiências de custódia ocorreram de maneira irregular, resultando na manutenção da prisão dos manifestantes.