A reunião ocorrida nesta quinta (6), promovida pelo Partido Liberal (PL) com o objetivo de demonstrar apoio a Jair Bolsonaro (PL) diante de sua inelegibilidade, acabou se transformando em um cenário de “barraco público”, resultando em desgastes para todos os envolvidos. Essa é a avaliação feita pela liderança do partido.
As hostilidades direcionadas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), principalmente por parte dos deputados mais ideológicos, foram amplamente repercutidas nas redes sociais tanto por eleitores de direita quanto de esquerda.
Durante a reunião, Tarcísio foi questionado por ter aparecido ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do PT, em defesa da reforma tributária. O governador respondeu que é inevitável que o chefe do Executivo da maior economia brasileira dialogue com o ministro da Fazenda.
Entre os críticos mais fervorosos a Tarcísio estavam os deputados federais Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Bibo Nunes (PL-RS) e Ricardo Salles (PL-SP).
As declarações irritaram especialmente o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, que já manifestou seu interesse em trazer Tarcísio para o PL nas eleições de 2026, seja para uma possível reeleição como governador de São Paulo ou para disputar a Presidência da República.
A perspectiva do cacique partidário é que os ataques e o ambiente conturbado criaram uma imagem negativa do PL, o que pode inibir o desejo de Tarcísio em ingressar na sigla no futuro.