O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriram inquéritos contra o pastor André Valadão para investigar denúncias de crime de homostranfobia.
A apresentação foi protocolada por Erika Hilton, do PSOL, que é transexual, e denunciou um culto feito por Valadão em julho, mês em que é comemorado o Orgulho LGBTQIA+.
O encontro foi intitulado pelo religioso como “Deus odeia o orgulho”. No documento, Hilton pede que postagens e vídeos do pastor sejam excluídos.
Na segunda-feira (3), o nome do evangélico voltou a repercutir na internet. Em um culto, realizado no domingo (2), na Igreja Batista Lagoinha, em Orlando (EUA), Valadão fala sobre a temática do dilúvio e o contexto bíblico sobre a destruição da humanidade à luz do livro de Gênesis.
Valadão fala também sobre casamento homoafetivo e sexualização de crianças. Ele chegou a dizer que “a mídia se uniu para tentar destruir o cristianismo” e que existe um sistema desde os tempos antigos para “calar a voz de Deus na Terra”.
O trecho da mensagem, no entanto, foi distorcido por internautas para parecer que Valadão incentivou um genocídio contra a população LGBT: “Aí Deus fala: ‘não posso mais, já meti esse arco-íris aí, se eu pudesse eu matava tudo e começava tudo de novo. Mas já prometi pra mim mesmo que não posso, então agora tá com vocês’”, diz o líder religioso no corte usado pelos críticos.
O arco-íris, mencionado por ele, é um símbolo da aliança entre o Criador e a criatura, como garantia de que Deus nunca mais destruiria toda a humanidade com um outro dilúvio, conforme os escritos do livro sagrado.