Um comunicado oficial emitido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi divulgado no domingo (25) por sua assessoria de comunicação. Nele, Lira afirma que suas despesas são pagas pelos seus rendimentos como agropecuarista e pela sua remuneração como parlamentar.
A declaração de Lira foi uma resposta à divulgação de papéis manuscritos vazados pela Polícia Federal (PF). Os documentos, sem timbre oficial, foram encontrados na residência do motorista Wanderson de Jesus e continham anotações referentes aos meses de abril e maio de 2023.
O nome “Arthur” aparece mencionado 11 vezes, acompanhado de valores que totalizam R$ 265 mil. Não há evidências de que o “Arthur” mencionado nos papéis seja Arthur Lira. Apesar disso, Wanderson de Jesus trabalhava para Luciano Cavalcante, assistente do presidente da Câmara na época em que a operação da PF foi realizada.
A investigação em andamento está focada em apurar suspeitas de fraude em uma licitação no valor de R$ 8 milhões para a aquisição de kits de robótica pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Lira divulgou a seguinte nota: “Toda movimentação financeira e pagamentos de despesas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, seja realizada por ele e, às vezes, por sua assessoria, tem origem nos seus ganhos como agropecuarista e da remuneração como deputado federal”.