O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não está seguro em relação ao julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que poderá resultar em sua inelegibilidade por 8 anos.
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) questiona na Corte a reunião realizada em julho de 2022 no Palácio da Alvorada, na qual Bolsonaro levantou questionamentos sobre a integridade do processo eleitoral brasileiro.
Em uma entrevista à CNN na quarta-feira (21), o ex-mandatário disse que acredita ser quase certo que perderá a ação. No entanto, ele afirmou que não se arrepende de suas ações, pois não vê nada de errado nelas.
“Hoje em dia, é quase uma unanimidade que vou perder a ação. Essa é uma verdade”, admitiu. “Eu não sei porque criar uma tempestade em copo d’água. Apenas foi conversado com eles [embaixadores] sobre como funcionava o sistema eleitoral. Não falei a palavra ‘fraude’ ali, no tocante a futuras eleições”, completou.
O direitista frisou que suas falas “não foram ataques” às urnas eletrônicas, mas, sim, “uma resposta” ao então presidente do TSE, Edson Fachin, que, assim com ele, também reuniu diplomatas em maio de 2022 para debater o processo eleitoral.
Quanto às eleições presidenciais de 2026, caso seja considerado inelegível, Bolsonaro se recusou a mencionar o nome de qualquer político que ele possa apoiar, afirmando estar com a consciência tranquila e determinado a “não passar o atestado de derrotado”.