O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) a abertura de um inquérito policial para investigar o cantor Bruno, que faz parte da dupla sertaneja com Marrone. A acusação contra ele é de prática de transfobia contra a repórter Lisa Gomes, da RedeTV.
Durante um evento realizado em São Paulo no mês de maio, Bruno fez um comentário ofensivo à jornalista, perguntando-lhe se ela possuía um órgão genital masculino. Poucos dias depois, o cantor se desculpou pelo episódio. Lisa Gomes expressou sentir-se humilhada com as palavras proferidas por Bruno.
A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) apresentou uma denúncia ao MP-SP, alegando que Bruno praticou atos de transfobia. A entidade solicitou a prisão do cantor ou a suspensão de suas atividades profissionais.
Segundo informações do MP-SP, o Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi) requisitou a abertura de um inquérito à Decradi. Para sua defesa no caso, Bruno contratou o escritório do advogado criminalista Fernando José da Costa, ex-secretário da Justiça de São Paulo.
Após o ocorrido, o cantor reconheceu seu comportamento como “infantil e inconsequente” e emitiu um pedido de desculpas à Lisa Gomes. Ele expressou arrependimento pelo que perguntou e admitiu sua atitude inapropriada. Bruno afirmou que não há como voltar atrás no tempo e reiterou seu pedido de desculpas à repórter.
“Estou aqui para pedir desculpas para a Lisa Gomes, pelo que perguntei para ela (…) Fui totalmente infantil, totalmente inconsequente. Quero pedir desculpas. Acho que não tem como voltar no tempo.”