A Parada LGBT+, realizada anualmente na Avenida Paulista, em São Paulo, tornou-se um evento tradicional e de grande relevância tanto para a capital paulista quanto para o estado de São Paulo. O desfile, que busca representar as causas do movimento LGBTQIAPN+, tem colecionado ao longo dos anos uma série de polêmicas, especialmente relacionadas a confrontos com grupos religiosos em suas manifestações políticas.
Uma das polêmicas mais notáveis ocorreu em 2015, quando uma transexual crucificada foi apresentada em paralelo a Jesus Cristo, uma figura central da religião cristã, predominante na população brasileira. Essa representação gerou debates acalorados e levantou questionamentos sobre os limites o respeito às crenças religiosas.
Neste domingo, dia 11, acontece a 27ª edição da Parada do Orgulho LGBT+, que tem como tema “Políticas Sociais para LGBT+ – Queremos por inteiro e não pela metade”. Como é comum em eventos de cunho político, a Parada apresenta diversas bandeiras, cartazes e faixas que visam projetar ideias, movimentos e causas a serem conquistadas pela comunidade LGBTQIAPN+.
No entanto, uma das mensagens expostas em dezenas de estandartes do desfile tem gerado críticas. A frase “Crianças Trans Existem” está inserida em um adereço nas cores azul, branco e rosa, que faz referência ao Movimento Transgênero. Imagens que circulam nas redes sociais mostram vários menores de idade próximos a essas sinalizações.
A iniciativa não foi bem recebida pelos internautas, que rapidamente repercutiram o ocorrido, alcançando compartilhamentos massivos. Diversos usuários questionam a exposição de crianças em um contexto político e alegam preocupações relacionadas à influência e à sexualização precoce.
No Twitter, o assunto entrou em alta e tornou-se um dos mais comentados.
Eis os principais posts na plafaforma sobre o tema:
‘Neurociência comprova’
— Não existe crianças trans! A neurociência comprova que o cérebro da criança tem uma grande plasticidade, ou seja, está sempre aprendendo e é sensível a modificações, sendo prejudicial, impor uma postura que poderá engessa-la pelo resto de sua vida — escreveu o perfil Wallace Oliveira.
‘Onde vamos parar?’
— Cadê o Conselho Tutelar? Isto é um absurdo. Criança nem sabe o que é sexo. Onde vamos parar? Depois que o ex-presidiário sentou na cadeira da presidência, a coisa virou de vez. Desgoverno dos infernos — reagiu a conta Eliana Zani.
‘Estimulação precoce’
— A existência de pessoas trans, pra mim, é um fato e elas devem ser respeitadas. Mas sou totalmente contra estimulação precoce de crianças a esse sexualismo, por mim qualquer tipo de cirurgia para mudança de sexo teria que ser feito depois da maioridade. — reiterou o usuário Glauco Braido.