Cerca de 20% dos jovens brasileiros entre 15 e 29 anos, totalizando aproximadamente 49 milhões de pessoas em todo o país, estão fora do sistema educacional e do mercado de trabalho. Embora esse número seja menor do que os 22,4% registrados em 2019, ainda é considerado alarmante.
Essa parcela da população é conhecida como a geração “nem-nem”, ou seja, nem estuda nem trabalha. Os dados foram divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) – Educação, 2022.
Dentro dessa faixa etária (15 a 29 anos), 15,7% dos jovens estão ocupados e estudando, enquanto 25,2% estão estudando, mas não estão trabalhando. Por outro lado, 39,1% estão ocupados, mas não estão matriculados em instituições de ensino.
Ao serem questionados sobre os principais motivos para terem abandonado a escola ou nunca terem frequentado, esses jovens destacaram a necessidade de trabalhar como fator predominante, correspondendo a 40,2% das respostas, mesmo que nem sempre conseguissem encontrar emprego. A gravidez (22,4%) e a responsabilidade de realizar tarefas domésticas ou cuidar de outras pessoas (10,3%) também foram citadas com frequência pelas mulheres.