Imagem: Reprodução | Conexão Política
Nesta semana o jornal Folha de São Paulo Paulo publicou uma reportagem na qual demonstra claramente preocupação com a perda do monopólio da informação.
Em matéria impressa e digital, o seu título diz: “Trump e Bolsonaro ‘matam’ os mensageiros da mídia tradicional”.
No texto, Jair Bolsonaro é comparado a Donald Trump por adotar propaganda política que, segundo o veículo, desacredita os meios de comunicação tradicionais, utilizando constantemente o termo “fake news” para acusar os jornais e os opositores, e como modo de defender-se.
Para a Folha, existe uma rede de informações falsas que atua pela internet, cujo, ao que parece, fazem parte todos aqueles que simpatizam com Trump e Bolsonaro por vias livres de filtros editoriais.
Sem mostrar dados nem provas, a conclusão acusatória que a matéria chega é a de que há sites que ajudam tais políticos a disseminar as inverdades, como o Conexão Política e o Terça Livre, no Brasil, comparando-os aos Info Wars e BreitbartNews, nos EUA.
Parte da matéria da Folha diz: “O candidato do PSL também conta com o apoio de sites obscuros amigáveis, como Conexão Política e Terça Livre.”
A postura ideológica da matéria fica clara na forma como trata mídias “não de esquerda”, chamando, por exemplo, a The Economist de “bíblia do neoliberalismo”.
O termo ‘neoliberalismo’ nada mais é que um aforisma inventado, considerando que não há sequer um grande economista que se intitule como “neoliberal”.
Trata-se, assim, não de uma crítica com argumentos, mas de uma tentativa de continuar com o monopólio da informação, e então, da verdade.
As preocupações do texto surgem em meio ao visível ressentimento ideológica mal disfarçado na credibilidade em decadência do jornal.