Após um período de dois anos e meio de paralisação, o Supremo Tribunal Federal (STF) retomará a análise de uma ação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por suspeita de corrupção passiva. A defesa de Lira busca a anulação do processo. Os advogados alegam que a ação foi fundamentada em uma delação premiada.
Nesta quarta-feira, 31, o ministro Dias Toffoli liberou para julgamento um recurso que faz parte de uma denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O processo contra Lira veio à tona em 2019, quando um ex-assessor do parlamentar foi flagrado, sete anos antes, transportando a quantia de R$ 106,4 mil em dinheiro vivo. De acordo com a PGR, o montante apreendido seria destinado a Lira em troca de apoio político para a manutenção de Francisco Colombo no cargo de presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). No entanto, Lira nega qualquer envolvimento nesse episódio.
A análise do caso está sob a responsabilidade da Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Alexandre de Moraes. Agora, eles terão a tarefa de examinar as informações apresentadas e decidir sobre os próximos passos da denúncia.